William Bonner anuncia a morte de um homem aos 100 anos

A morte de Takashi Morita acabou virando manchete hoje à noite (13), no Jornal Nacional. O pacifista japonês tinha cem anos e morreu em São Paulo. Ele foi um sobrevivente da bomba atômica lançada sobre os Estados Unidos em Hiroshima no último ano da Segunda Guerra Mundial.

Por mais de 40 anos, ele ecoou a mesma demanda: “Nunca mais, neste mundo, uma bomba atômica”.   E foi na luta pela paz que descobriu uma forma de enfrentar aquele dia que mudou a sua vida.

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“Em Hiroshima, aos 21 anos, fui batizado pela bomba atômica. De repente, um maravilhoso relâmpago. E com o grande impacto, me joguei cerca de 10 metros. Um prédio de dois andares na minha frente foi imediatamente destruído. Takashi Morita disse.

Ele era um policial do exército e sobreviveu a uma explosão que matou entre 60. 000 e 80. 000 pessoas. Ele deixou o Japão e foi para o Brasil aos 31 anos, mas foi só aos 60 anos que se tornou um ativista da paz.

Ele foi o fundador da Associação de Sobreviventes da Bomba Atômica e começou a viajar pelo país. “Até os 95 anos viajamos para dar palestras em diversas escolas do Brasil e do exterior. Assim, um grande número de pessoas de todo o mundo nos ouviu falar do Brasil”, disse o professor de história André Lopes.

Sua filha também lembrou que os jovens têm sido o principal alvo de seu pai e sua maior esperança. “O que ele disse a muitos outros jovens nas escolas foi: ‘Nós, velhos, arruinamos o mundo. Você tem que consertar”, disse Yasuko Saito, filha de Takashi Morita.

O negócio teve 270 pessoas, além de Junko Watanabe. E para aqueles que também foram batizados pela bomba nuclear, hoje as guerras são diferentes.

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“Hoje em dia, a guerra está estourando em muitos lugares da Terra. Todos os dias, notícias. . . Ucrânia, Palestina, Gaza. . . O que estamos vivendo?Crianças morrendo, certo? Você não pode, você não pode”, diz Junko Watanabe.

Foram as guerras que, no final de sua vida, deixaram Morita com alguma frustração. “Ele disse: ‘Não fizemos o dever de casa corretamente. Eu fiz mais. “E então é uma tristeza que ele acabou sentindo, porque viu que a Ucrânia, Gaza, coisas assim, o deixavam muito triste. Fazemos muito pela guerra, não é? E pouco está sendo feito pela paz. Queremos nos opor a esse objetivo”, disse Yasuko Saito, filha de Takashi Morita.

– Diario Nacional (@jornalnacional) 14 de agosto de 2024

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