Segurança da Rússia deve ser garantida em qualquer acordo na Ucrânia, diz Lavrov

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Chanceler russo afirmou que “trégua é um caminho para lugar nenhum”

Da Reuters

A Rússia não apoia um cessar-fogo “fraco” com a Ucrânia, mas quer um acordo robusto para uma paz duradoura que garanta a segurança do país e de seus vizinhos, disse o Ministro das Relações Exteriores Sergei Lavrov nesta quinta-feira (26).

“Uma trégua é um caminho para lugar nenhum”, disse Lavrov, que ressaltou que o país suspeita que uma trégua “fraca” seria usada pelo Ocidente para rearmar a Ucrânia.

“Queremos acordos jurídicos definitivos que definam todas as situações que garantam a segurança da Federação Russa e, claro, os interesses de segurança válidos dos nossos vizinhos”, sublinhou.

O governo de Vladimir Putin precisa que os documentos sejam redigidos de forma a garantir “a impossibilidade de violar esses acordos”, acrescentou.

A Reuters informou no mês passado que Putin estava disposto a discutir um acordo de cessar-fogo na Ucrânia com Donald Trump, mas descartou quaisquer concessões territoriais primárias e insistiu que Kiev abandonasse as suas ambições de aderir à NATO, a aliança militar ocidental.

Putin disse na semana passada que estava em posição de chegar a um acordo sobre a Ucrânia como parte de possíveis negociações com o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, para acabar com a guerra.

No entanto, ele disse que não há condições para iniciar negociações com as autoridades ucranianas.

Putin afirmou que a luta é complexa, então é “difícil e inútil adivinhar o que nos espera… [mas] estamos caminhando para resolver nossas tarefas principais, que delineamos no início da operação militar especial [guerra na Ucrânia]”.

Trump, que disse que encerraria o conflito, disse que Putin estava tentando se encontrar com ele. A Rússia disse que não houve contato com a nova administração dos EUA.

O enviado de Trump à Ucrânia, o tenente-general aposentado Keith Kellogg, viajará para Kiev e várias outras capitais europeias no início de janeiro, enquanto a nova administração procura encerrar temporariamente a guerra, segundo duas fontes.

Putin ressalta que um Ocidente arrogante liderado pelos Estados Unidos ignorou os interesses pós-soviéticos da Rússia, tentou atrair a Ucrânia para sua órbita desde 2014 e então usou o país para travar uma guerra por procuração com o objetivo de enfraquecer — e, então, destruir — a Rússia.

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território em 3 frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e pela Bielorrússia, país que é um grande amigo do Kremlin.

Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada. A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.

Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.

As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.

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A libertação ocorreu depois de a Ucrânia ter lançado uma ofensiva em território russo com armas fabricadas por potências ocidentais, incluindo os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.

A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.

O presidente Vladimir Putin, que substituiu o seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estavam a fazer progressos muito melhores e que a Rússia alcançaria todos os seus objetivos na Ucrânia, embora não tenha dado mais detalhes.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região russa de Kursk, partes da qual eles controlam desde agosto.  

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