Em sua edição de agosto, o Sarau da Baro, que completou cinco anos em julho, homenageará as pinturas de Sérgio Blank, poeta e ativista da literatura e cultura que morreu no dia 24. “Uma noite para celebrar a grandeza desse mestre das palavras”, ele convida o evento, que acontece nesta quinta-feira (6), às 19h, no Instagram @coisasderuth.
Podcast sobre a literatura de Esperito Santo
Com pequenas pílulas de áudio, o Clube de Leitura Leia Capixabas iniciou seu projeto de podcast, trazendo dados sobre a literatura feita para a história de Esperito Santo. Com atualizações semanais, um dos sistemas já é acompanhado de uma provocação: existe a literatura de Esperito Santo?
O clube de e-books, coordenado por Anaximandro Amorim, tem sido fiel nos últimos anos para ler e discutir a produção literária local, com encontros mensais. Na versão pandêmica, agora online, o calendário está configurado para reuniões temáticas. O próximo será em 15 de agosto com o tema Crônica.
Carmelia vive!
Por falar em crônicas, o que Carmelia de Souza, a “cronista do povo”, escreveria quando soube que o centro cultural a honra em seu chamado para se tornar um armazém de café?
Pois bem, se se baseia na elegância artística capixaba, acontece que a luta não é tão simples para o governo federal, dono do imóvel, que foi cedido à cidade de Vitia e que foi recuperado como área cultural reivindicada através dos artistas, dos artistas. Depois de realizar uma assembleia online no dia seguinte ao anúncio da área, uma organização já está organizando o horário da convenção da Internet em Carmélia na próxima segunda-feira, às 16h, através do Google Meet.
Ainda sobre o assunto, a artista multimídia Amanda Brommoschenkel criou uma colagem virtual para a primeira edição da Subversa mag que destaca o esquecimento da cultura no Esperito Santo. Além do centro cultural Carmélia Maria de Souza, há o Teatro Carlos Gomes, Sesc Gliria e Cais das Artes.
Curiosamente, apesar de ser considerado “o primeiro a parar e o último a voltar às atividades” na pandemia, o setor cultural vem reforçando sua articulação política durante a pandemia. O processo de elaboração, aprovação e implementação da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc em âmbitos nacional, estadual e municipal tem sido um grande catalisador das mobilizações. E um novo desafio está prestes a ser lançado: a Conferência Popular de Cultura do Brasil, autogestionada e autoconvocada pela sociedade civil para ser a 4ª Conferência Nacional de Cultura. O lançamento da proposta será na quinta-feira (5), às 20h. Mais informações no Instagram da Articulação Nacional de Emergência Cultural.
O curso frouxo e online de Agentes Culturais Capixabas no Esperito Santo será realizado de 10 a 14 de agosto, com atividades a partir das 19h30. Eles estarão “ao vivo” com os visitantes em outros temas. A iniciativa é um componente do projeto Capixabas, que inclui cadastro e mais dados em seu site.
Neste domingo (2), às 15h, estreia a exposição América 2, uma exposição musical no palco que reúne dois palhaços, o Xexa brasileiro e o venezuelano Jujuba. As pinturas foram produzidas na pandemia e incluídas no Edital de Emergência Cultural do Governo do Estado. A transmissão será no YouTube através da ‘Rvore Casa das Artes’.
Outro grande encanto da semana é o FestCine Pedra Azul, que, de terça a sábado, de 4 a 8 de agosto, apresenta 66 filmes de 14 países online, além de homenagear o ator Marcos Caruso. Esta é a terceira edição do evento, que acontece em Domingos Martins, em pleno inverno, no Esperito Santo. Os dados completos e calendário são realizados no site oficial do evento: https://www.festcinepedraazul.com.br.
Restauração da estação Leopoldina: em movimento?
Ao final de seu mandato e candidato à reeleição, o prefeito de Vila Velha, Max Filho (PSDB), publica diversos editais de projetos e obras. Um deles aconteceu há alguns dias, com o lançamento do tfinisher para a recuperação da estação Leopoldina, um antigo patrimônio localizado no Museu do Vale, mas por muito tempo em um palco de abandono. Antes um pedido da rede Argolas e bairros vizinhos, já cansados de promessas danificadas, a barraca terá que ser reformada em um ambiente educativo e cultural com espaços como salão de festas, auditório, laboratórios de informática e outros.
Triste notícia: O Assédio Coletivo relatou a retirada do YouTube do acervo audiovisual que registrou diversos movimentos realizados entre 2012 e 2018 através do coletivo que marcou a década da cultura do Esperito Santo com diversas conquistas. “Sete anos de aprendizado, diálogo, responsabilidade, integração e troca de espaços, produções e afetos. Sete anos de memória, apagadas através de um usuário desconhecido, mas usando um ID do Rio de Janeiro. Pergunta-se: qual é o propósito de apagar memórias coletivas? “, diz a nota. Embora tenham terminado suas atividades coletivas em abril de 2019, os membros do Coletivo de Assédio estão comprometidos em criar uma organização de trabalho para baixar conteúdo lentamente. “Tais atitudes nos lembram o quão perturbadoras são a rede e a diversidade, são difíceis e servem a interesses contrários aos da dominação, capital, patriarcado, racismo institucional e lgbtfobia, e corpos e expressão”, disse a organização.