Rússia faz ataques massivos com mísseis e força Ucrânia a cortar o fornecimento de energia

A Rússia lançou cerca de 120 mísseis e drones contra a rede de forças da Ucrânia num novo ataque “massivo” que causou cortes de energia em várias regiões ucranianas durante a escala do presidente Zelensky na Polónia.

“Em pleno inverno, o objetivo dos russos continua o mesmo: o nosso setor energético. Entre os objetivos estão infraestruturas de combustível e serviços energéticos que garantam a vida da população”, disse Zelensky numa mensagem publicada nas redes sociais.

A Rússia tem como alvo a rede de forças do país vizinho e outras infraestruturas desde que iniciou sua invasão da Ucrânia há três anos, causando cortes nas forças comuns em todo o país.

“Esta manhã, as forças armadas. . . lançaram um ataque agrupado com armas de alta precisão e ataques de drones contra a infraestrutura de combustível e energia que apoia o complexo militar-industrial ucraniano”, disseram os militares russos num comunicado.

Moscou usou 43 mísseis balísticos e de cruzeiro, bem como 74 drones de combate, de acordo com a Força Aérea Ucraniana. Segundo a mesma fonte, 30 mísseis e 47 drones foram abatidos.

Alvos energéticos foram atingidos, acrescentou, inclusive nas regiões orientais de Kharkiv, Lviv e Ivano-Frankivk.

“Graças à nossa defesa aérea (…) somos capazes de manter o funcionamento do nosso sistema aéreo”, disse Volodimir Zelensky, pedindo aos aliados ocidentais de Kiev que “fortaleçam o escudo aéreo” da Ucrânia e cumpram suas promessas que “ainda não foram totalmente implementadas”.

Zelensky, que manteve seu apelo ao Ocidente por novos sistemas de defesa aérea, também reiterou sua exigência de que a Ucrânia emita licenças para a produção dessas armas em seu território.

O chefe de Estado ucraniano chegou esta quarta-feira de manhã à vizinha Polónia, que assumiu a presidência rotativa da União Europeia. “Guerra, armas, sanções” e disputas antigas dominam o calendário de negociações em Varsóvia, disse Andrii Yermak, chefe da administração presidencial da Ucrânia, no Telegram.

A Polônia é muito vital para Kiev, especialmente devido ao retorno à Casa Branca na segunda-feira do republicano Donald Trump e dúvidas sobre a sustentabilidade do envolvimento dos EUA na Ucrânia.

A Polónia, como é o caso, retirou os seus caças durante o ataque com mísseis russos que atingiu as regiões ocidentais da Ucrânia, incluindo Lviv, que faz fronteira com a Ucrânia. Neste território, “duas infraestruturas críticas foram atacadas nos distritos de Drogobich e Strii”, afirmou em comunicado o governador ucraniano da região de Lviv, Maxim Kozitski.

Um dos mísseis caiu numa caixa e explodiu, acrescentou. Na região vizinha de Ivano-Frankivsk, o ataque teve como alvo “locais de infraestrutura essencial” e causou vítimas, disse a governadora do território, Svitlana Onyshchuk.

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