Orlando com pessoas autistas: o que você deve saber antes de ir

Viajar para Orlando com autistas é o sonho de muitas famílias, mas essa preferência vem acompanhada de medos: como será durante o voo?É possível curtir parques? O que fazer com jovens e adolescentes?  Para responder a essas e outras perguntas, aqui eu conto sobre minha experiência com meu sobrinho lá. Spoiler: eu faria tudo de novo

De mãos dadas com Woody, Bernardo brincava, dançava, ria, tirava fotos e pulava de alegria. Desde que pisou nos estúdios de Hollywood não parava de repetir o chamado do famoso xerife de Toy Story. Resumindo, estou em êxtase, um efeito típico que os parques da Disney World tendem a ter nas crianças (e nos adultos também).

Agora com cinco anos, o pequeno Bê, como sua família o chama, foi diagnosticado com transtorno do espectro do autismo (TEA) quando tinha pouco menos de dois anos de idade. Acompanhado de seus pais, Heitor Piffer Siqueira e Milena Teves, sua irmãzinha Isabela e sua tia Dani, ele passou uma semana comigo visitando outros parques temáticos em Orlando.

Juntos, planejamos durante semanas com a ajuda de diversos profissionais especializados e viajamos para observar como a cidade da Flórida se prepara para receber jovens e adolescentes neurodivergentes.

Mas antes de contar os temas principais dessa história, e sem entrar muito em questões médicas, já que se trata de um relato e não de um relato físico, é preciso desmistificar certas questões e se livrar de preconceitos.

Autismo

O autismo não é uma mudança de comportamento, sentimento ou temperamento, mas sim um distúrbio de amplo espectro que afeta principalmente as interações sociais e as habilidades de comunicação. Isso significa que não há duas pessoas autistas iguais, clinicamente elas são classificadas em até 3 níveis, que variam de acordo com a ajuda de que precisam.

Bê, por exemplo, não enfrenta questões sensoriais primárias, como olfato, tato e olfato, porém tem pouca flexibilidade cognitiva, ou seja, tem dificuldade em se contentar com as coisas que não saem como planejado ou com ajustes na rotina, além de se apegar a uma única atividade por muito tempo, entre outros problemas. Ele é diagnosticado no ponto 2, em uma escala em que 3 significa mais e 1 significa menos.

Como se isso não bastasse para dificultar a vida dos parques temáticos na hora de criar uma política única de acessibilidade que funcione para todos, há também uma série de outros pontos a serem considerados, como deficiência física, auditiva ou visual. O fato é que esses protocolos existem, estão disponíveis e precisarão ser seguidos antes mesmo de você fazer as malas. Isto aumenta enormemente as chances de que a posição mais feliz do mundo seja, ou mesmo seja, satisfatória para todos.

Planejamento

Não existe uma regra geral, mas muitas pessoas autistas se sentem mais confortáveis quando têm rotinas pré-estabelecidas e estão cientes do que está acontecendo. Algumas crianças e adolescentes, por exemplo, se dão bem com uma preparação elaborada, que pode ser baseada na progressão de um livro de comédia.

“Chamamos isso de história social: transformar relatórios em algo visual”, diz Andrea Werner, deputada estadual que é autista, mãe de outras pessoas autistas e defensora de outras pessoas com deficiência há mais de uma década. Troca verbal com ela antes e você pode ver os efeitos aqui.

Existem vários programas soltos na Internet que facilitam a fase de preparação, agregando um pouco de expresso ao transporte aéreo. Aqui é preciso dizer que o tempo necessário para a realização deste procedimento depende muito da criança ou adolescente autista. Conhecer e se adaptar às características de quem viaja com você é fundamental na hora de viajar.

O voo

Durante a fase de antecipação, trata-se de saber onde você vai acabar e o que planeja fazer lá. É também aqui que começa a preparação para o que mais preocupa os culpados: o roubo.

“Com recursos visuais é obrigatório saber quando, a partir desse momento, eles vão voar, quantas horas vão passar ali, como vão comer no ar, o que significa dormir voando, etc. ”Andrea s.

Uma vez a bordo, é preciso ter em mãos uma muda de roupa (distúrbios sensoriais como o olfato, por exemplo, podem causar vômito), um comprimido com vídeos baixados que gostem, mídia (para quem não fala). ), medicamentos (se prescritos) e, principalmente, itens que os acalmem e os deixem felizes.

“Com o consentimento, a compreensão e a participação mais ativa da criança em todo o processo, além dos objetos que ela mais ama e das pessoas próximas em quem confia, a experiência tende a ser muito melhor”, explica Letícia Sena, terapeuta porta-voz, analista comportamental e fundadora do Instituto Índigo, criado para ampliar jovens e adolescentes neurodivergentes.

Se o usuário sob seus cuidados também tiver um problema sensorial significativo, procure a recomendação do seu terapeuta ocupacional sobre o que pode ser feito para acalmá-lo.

Outras informações importantes relacionadas aos voos de ou para o Brasil: pessoas autistas têm direito, previsto em lei, de serem acompanhados. Quem viajar com eles (uma pessoa) terá que pagar no máximo 20% do preço da passagem. “Essa solicitação deve ser feita no momento da compra dos ingressos e a empresa tem 48 horas para responder”, especifica Andréa.

Veja voo para Orlando aqui

onde ficar

Antes da viagem, durante as consultas regulares de Bernardo no Baobá, centro multidisciplinar de São Paulo que é referência em evolução e comportamento infantil, pediram aos pais que lhe proporcionassem o máximo de conforto possível durante a viagem, com o objetivo de minimizar quebrando a rotina.

Um dos conceitos a este respeito é alugar uma casa de férias em vez de ficar num hotel. Dessa forma, localizariam uma situação mais familiar quando se trata de acordar, dormir e, principalmente, fazer algumas de suas refeições, como o café da manhã, que já podem estar prontas em casa.

Para quem nunca esteve em Orlando, saiba que a maioria das casas de temporada disponíveis estão localizadas na cidade vizinha de Kissimmee. Existem mais de 50. 000 recursos no domínio e fiquei com Bê e sua turma em uma casa de quatro quartos (todas suítes) no Magic Village Views, Trademark Collection via Wyndham.

A diversão não poderia ter sido melhor, pois ele (assim como nós) se sentiu em casa. Na casa tinha de tudo: utensílios de família, roupas de cama, mesa e banheiro, equipamentos eletrônicos, wi-fi inteligente de qualidade, duas vagas de garagem. . .

Além disso, o condomínio fica próximo a um Walmart e a menos de dez minutos de carro da Disney World, conta com vários funcionários brasileiros e conta com a infraestrutura interna adequada. Todos os visitantes têm acesso a uma sala de recreação infantil, quadras de tênis e vôlei de praia, academia, piscina e até restaurante japonês.

Como se não bastasse, tarifas a partir de US$ 450 eram mais acessíveis do que alugar 4 quartos em um hotel (é raro encontrar um hotel moderado por menos de US$ 120) que não ofereceria o mesmo conforto.

Transporte

Outro ponto fundamental em Orlando, esteja você viajando com outras pessoas com autismo ou não, é ter um carro. O transporte público da cidade é medíocre e as principais atrações estão longe. Você pode usar aplicativos de motorista, mas na prática, especialmente ao sair de parques, o processo tende a ser lento.

Portanto, vale a pena reservar um veículo em uma das diversas locadoras da região e retirá-lo no aeroporto. Plataformas como a Assistência à Mobilidade comparam vários custos ao mesmo tempo, poupando-lhe muito tempo. Foi quando descobri um SUV de sete lugares, que abrigava toda a organização e também as malas. O carro é excelente, assim como o serviço prestado. Ele definitivamente valoriza isso.

quando ir

Ao fazer planos para ir a Orlando com outras pessoas com autismo, é imperativo planejar bem a era Array. Afinal, a temperatura por lá tende a ser muito alta no meio do ano, quando é verão nos Estados Unidos.

“Minha principal recomendação é passar quando não estiver muito quente. A neurodiversidade é um conceito muito amplo, mas se pensarmos em particular no autismo, o calor é muito prejudicial. Quando estive lá em março (primavera nos EUA), meu filho Theo ficou muito decepcionado com a temperatura muito alta. E não era nem verão, tive que ir a lojas de departamento com ar condicionado para regularizar”, conta Andréa.

Se você só puder viajar durante as férias de meio do ano, considere visitar alguns parques aquáticos, como Aquatica e Volcano Bay, e leve o máximo que puder para manter todos na organização hidratados e revigorados o máximo que puder.

seguro de viagem 

Ao visitar Orlando, seja você com autismo ou não, não deixe de adquirir um seguro. Afinal, os custos com saúde fora do Brasil tendem a ser muito elevados e sujeitos a imprevistos.   Sem falar em transtornos como perda de bagagem e voos cancelados.

Minha sugestão é acessar o comparador online Seguros Promo, que consulta as principais seguradoras em busca das taxas mais rentáveis, sem precisar parar em cada um de seus sites. É uma grande ajuda, não preciso disso.

O inteligente é que você economizará dinheiro e também economizará tempo ao contratar um seguro. Depois de fazer sua escolha, use o cupom ROTADEFERIAS15 na caixa “Cupom de desconto” e ganhe 15% de desconto.

eSim e chip de internet

O eSim ou web chip é essencial para qualquer viagem ao exterior, principalmente com pessoas neurodivergentes. Manter-se conectado é essencial para diversos aspectos, como comunicação, segurança e conforto. Você nunca sabe quando vai querer entrar em contato com alguém, encontrar um endereço, um problema ou conseguir uma reserva.

Existem diversas funcionalidades no mercado, mas o serviço que mais gosto é o Seguro Promo Travel Chip. Primeiro porque funciona bem em colocações máximas (em todo o mundo), e segundo porque o serviço é excelente. Eles ainda têm chips virtuais. (eSim), o que facilita muito a vida na hora de instalá-los no telefone e utilizá-los. É confortável.

Não verifique os custos e adquira seu pacote antes de viajar. Cheguei até a negociar com eles uma redução de 15%. Basta usar o cupom ROTADEFERIAS15 para garantir o seu.

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