O Brasil deveria ter dificuldades na última rodada da organização do futebol feminino no nível dos Jogos Olímpicos Paris 2024. Nesta quarta-feira, 31 de julho, em Bordeaux, a seleção enfrentou a atual campeã mundial, a Espanha. E a escolha do adversário não importou. Os espanhóis dominaram a partida e venceram por 2 a 0, com Marta expulsa ainda no primeiro tempo. Os brasileiros ainda figuraram entre as organizações mais produtivas e ficaram em terceiro lugar. Terão um grande desafio nas quartas de final: a França.
O Brasil está na 3ª posição do Grupo C, com 3 pontos. Enquanto os dois terceiros colocados mais produtivos avançam para as quartas de final, os brasileiros avançam para a próxima fase. No Grupo B, a Austrália perdeu para os Estados Unidos por 2 a 1 e terminou com três pontos, mas um saldo de gols de -3, em comparação com os -2 gols do Brasil. Isso foi o suficiente para os brasileiros avançarem junto com a Colômbia, 3º com 3 pontos e 0 de diferença.
A Espanha, em primeiro lugar, é a primeira do Grupo C com nove pontos. O Japão está em segundo lugar, com seis pontos, depois de vencer a Nigéria por 3 a 1 na outra partida da última rodada. No Grupo B, os Estados Unidos e a Alemanha ocupam a maior parte de dois lugares sensatos. No Grupo A, a França ficou em primeiro lugar com seis pontos, o Canadá em segundo com 3 e a Colômbia também garantiu como o melhor 3º lugar. O detalhe é que o Canadá teve cem por cento de sorte, mas foi penalizado com seis pontos. o que não salvou os atuais campeões da classificação.
Nas quartas de final, o Brasil enfrenta a anfitriã França. Quem conseguir ganha o vencedor de Espanha x Colômbia. A outra vertente do sorteio incluirá os confrontos entre os Estados Unidos contra o Japão e o Canadá contra a Alemanha. Os jogos estão marcados para o dia 3 de agosto, próximo sábado. O Brasil fecha a circular às quatro da tarde. Horário de Brasília.
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Desde o início, a situação foi muito complicada para o Brasil. A Espanha sufocou desde os primeiros minutos, com trégua esporádica dos brasileiros. A goleira Lorena é essencial, com defesas inteligentes. No entanto, o cenário tornou-se confuso quando Marta foi expulsa por uma jogada prejudicial no tempo de pré-venda do primeiro tempo. O domínio espanhol continuou no segundo tempo, com um gol de Athenea del Castillo. O Brasil não parou a luta, mas ficou reduzido a nove jogadores quando Antonia se machucou no final. Nos acréscimos, Alexia Putellas fechou o placar com um gol muito inteligente.
O cenário de Marta é o que mais chama a atenção. Destacando-se nos dois primeiros jogos, marcando os dois únicos gols do Brasil nas Olimpíadas, o craque mostrou sua forma perfeita. No entanto, ele a despejou de forma imprudente. Marta saiu da caixa chorando. Antes do torneio, Marta havia declarado que este seria seu último ano com a seleção nacional.
*horário de Brasília
Para enfrentar a Espanha na partida decisiva, o Brasil, uma vez de volta, substituiu sua escalação para a terceira partida. Rafael, com desconforto muscular, ausente da defesa. Tamires e Vitória Yaya voltaram ao time após problemas físicos, justamente quando Kerolin recuperou a primeira chance no ataque, após longo processo de recuperação de ruptura de ligamentos do joelho.
Arthur Elías decidiu a equipe com Lorena no gol. A linha defensiva era composta por Antonia, Lauren e Tarciane, com Adriana e Tamires nas alas. Duda Sampaio e Vitória Yaya fecharam o meio-campo, enquanto Marta e Ludmila se conectaram como meio-campistas. Atacante Kerolin no ataque.
A Espanha perdoou seus jogadores. Estrelas como Aitana Bonmati, Salma Paralluelo, Alexia Putellas e Mariona Caldentey fizeram uma pausa no início. Por sua vez, a experiente Jennifer Hermoso liderou um onze inicial que ainda está mais forte do que nunca.
A prova de que a Espanha facilitaria para o Brasil, mesmo com reservas, veio logo aos 3 minutos. Com um chute apertado, Lorena fez sua primeira defesa. No entanto, o Brasil também teve a chance de abrir o placar. Aos 10 minutos, no contra-ataque, Ludmila fez um passe que desviou em Laia Codina e acertou a trave.
O Brasil não teve sorte. A Espanha esteve em grande parte no controle e controlou a bola no campo de ataque. La Roja marcou aos 14 minutos, mas o chute foi anulado por impedimento. O ataque foi tenso, dada a pressão espanhola. Aos 26 minutos, após escanteio, Tarciane passou pela linha. A goleira Lorena também fez algumas defesas inteligentes, embora dependesse de cuidados médicos.
O cenário do Brasil ficou mais complicado nos acréscimos, aos 51 minutos, quando Marta foi expulsa. O camisa 10 dos blues chegou com o pé na bola, discutiu com Olga Carmona e ganhou cartão vermelho direto por falta violenta. O veterano saiu do local chorando. Antes do intervalo, Lorena defendeu outro, após lance solto de Teresa Abelleira.
A Espanha terminou o primeiro tempo com 79% de posse de bola e 11 chutes, contra nenhum do Brasil. A situação vai ficar ainda mais complicada na segunda etapa. Salma Paralluelo e Mariona Caldentey reforçaram a seleção espanhola no início do intervalo.
O Brasil foi ainda mais ativo, com um contra-ataque de Ludmila que deu trabalho a Cata Coll. Kerolin também testou o goleiro aos 6 minutos. Aos dez, Gabi Portilho substituiu Ludmila. No entanto, a Espanha voltou a mostrar suas garras, com a chegada das estrelas Bonmati e Putellas. Yasmim, Jheniffer e Ana Vitória chegaram ao Brasil em uma série de adaptações aos 16 anos.
A presença ofensiva da Espanha valeu a pena aos 23 minutos, com o primeiro gol. Em um movimento da esquerda, o cruzamento desviado bloqueou parcialmente Lorena. Com a bola viva na área, Athenea del Castillo marcou.
Brasil x Espanha, em Paris 2024
Sem muita organização, o Brasil não dava sinais de reagir, embora não faltasse empenho e esforço dos jogadores. O fim do ataque foi longo, com paradas médicas e pouca ação. A tensão era evidente, sem que o Brasil criasse muito para a equipe. Draw. Gabi Nunes foi a última carta, substituindo Yaya.
O árbitro pediu 16 minutos de tempo limite, que seria prorrogado ainda mais com intervalos adicionais. Antônia se machucou e deixou o Brasil com dez jogadores. A Espanha continua na liderança da tabela, mas a Seleção deu um último suspiro para garantir o empate. com cabeceamento de Gabi Nunes defendido pela goleira Cata Coll.
Aos 62 minutos do segundo quarto, a Espanha marcou o segundo gol, o que é ruim para o Brasil considerando o saldo de gols entre os melhores terceiros colocados. Putellas chutou de pé esquerdo e colocou no escanteio de Lorena, fechando o placar. Foi mais uma atuação do espanhol, que marcou um gol de cobertura contra a Nigéria. A Espanha terminou a segunda fase com 87% de posse de bola e 17 chutes, mas pelo menos seis chutes do Brasil.
PARIS 2024 | Brasil enfrenta Japão, rival pela primeira vitória olímpica da seleção feminina
*Punido com -6 pontos
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