Ganhar uma medalha olímpica é o objetivo de vida de quase todos os atletas do mundo e os portugueses, claro, não são exceção. Portugal participa nos Jogos Olímpicos desde a quinta edição da chamada “era moderna”, em 1912, quando uma delegação de apenas seis atletas partiu de Lisboa com destino a Estocolmo, na Suécia, para competir em apenas três modalidades: atletismo, esgrima e grego. Luta romana. O deyet não se traduziu em medalhas, mas seria o início de uma história que dará mais um passo rumo ao Paris’2024. Onde regressamos com grandes esperanças, com a referência de melhorar o que foi conseguido em Tóquio, com o máximo histórico de medalhas (4) e edições (57).
O hipismo recebeu a sua primeira medalha Foi em 1924, nos segundos Jogos Olímpicos de Verão após a Primeira Guerra Mundial, que Portugal alcançou um dos feitos mais marcantes da sua história desportiva: a sua primeira medalha olímpica. E logo foi. . . como trio, com António Borges de Almeida, Hélder de Souza Martins e José Mouzinho de Albuquerque a terminarem no terceiro lugar na prova de impedimento por equipas equestres nos Jogos de Paris, apenas superado pela Suécia e pela Suíça. Não demorou muito para que a comitiva portuguesa conquistasse a sua segunda medalha e voltasse graças a um esforço coletivo que ficou na memória, depois na esgrima nos Jogos de Amesterdão em 1928, com Mário de Noronha, Paulo d’Eça LealArray, Jorge de Paiva, Frederico Paredes, João Sasseti e Henrique da Silveira a perderem nas meias-finais antes de vencerem o duelo pela medalha de bronze.
Boa sorte alemã depois de uma longa e rápida Entre 1928 e 1948, Portugal viveu uma época de menor esplendor olímpico, com participações mais discretas, menos atletas a competir, uma única medalha, em equipa equestre e, claro, com a Segunda Guerra Mundial a interromper o provações. jogo há 12 anos, tornando-o um componente do cotidiano da população. Os Jogos Olímpicos de Londres de 1948 foram, portanto, vitais não só a nível global, mas também pelo entusiasmo que suscitaram no regresso a um país imerso no Estado Novo. Pela primeira vez, Portugal conquistou mais de uma medalha na mesma edição dos Jogos: Duarte de Almeida Bello e Fernando Pinto Coelho Bello conquistaram a primeira medalha de prata do Olimpismo português, na vela, poucos dias antes de Fernando Paes, Francisco Valadas e Luís. Minério. e Silva conquistam a 3ª medalha (bronze) da história da hipismo olímpica portuguesa. A sorte dos velejadores portugueses não o impediu de lá chegar e o jogo acabou por ser responsável pelas únicas medalhas nacionais nas seis edições seguintes dos Jogos Olímpicos, somadas a Helsínquia 1952, a primeira em que contou com representação portuguesa.
Carlos Lopes: desde o início da lenda Em 1976, durante os primeiros Jogos Olímpicos pós-Salazar em que Portugal participou, Carlos Lopes destacou-se ao conquistar a medalha de prata nos 10. 000 metros. Naquela que foi a participação mais produtiva de sempre da delegação portuguesa, o tiro com armas de caça juntou-se à lista dos campos medalhados em Portugal, com Armando Marques a ocupar também o segundo lugar do pódio nas bancadas olímpicas. Em Moscovo, em 1980, Portugal levou uma pequena delegação à Rússia e não trouxe nenhuma medalha, mas quatro anos depois a história foi muito diferente, com Carlos Lopes a protagonizar um dos momentos mais memoráveis da história do desporto português, ao vencer o primeiro Campeonato Olímpico título. Medalha de ouro na prova desportiva portuguesa. Esta manhã (portuguesa) em que o veterano atleta chegou sozinho ao Estádio Olímpico ficará na memória de quem acompanhou a prova, na Califórnia ou pela televisão. Em Los Angeles, Portugal conquistou 3 medalhas. Além do ouro de Lopes, o atletismo somou ainda outras duas medalhas de bronze, a de António Leitão, nos 5. 000 metros e a de Rosa Mota, que nesta edição se tornou a primeira portuguesa a subir ao pódio. A participação portuguesa nos Jogos de Los Angeles foi, até Tóquio, a mais produtiva alguma vez registada pela delegação portuguesa em termos de medalhas.
Rosa e Fernanda, as rainhas dos jogos de média e longa distância A era de ouro de Portugal no atletismo de média e longa distância terminou com os Jogos de Los Angeles. Em 1988, Rosa Mota repetiu a sorte de Portugal na maratona e conquistou a medalha de ouro em Seul, a primeira de uma portuguesa num Jogos Olímpicos e a única da delegação portuguesa nesses Jogos. Barcelona 1992 é recordado como um jogo de infortúnio geral para a selecção portuguesa, com lesões e desistências de alguns dos grandes favoritos às medalhas, falsas largadas na vela e até um fracasso no hóquei em patins, deixando a selecção nacional no pódio de uma grande festival estrangeiro do esporte pela primeira e única vez olímpica. Atlanta 1996 devolveu a glória olímpica a Portugal. . . através da meia distância. Fernanda Ribeiro, reformada em 1992, venceu os 10. 000 metros e conquistou a terceira medalha de ouro da história do Olimpismo português. A vela volta a brilhar ao conquistar o bronze na classe 470.
Hábito de ganhar medalhas Nas últimas 4 edições dos Jogos Olímpicos, Portugal consolidou o hábito de ganhar medalhas e, pela primeira vez na história, completou cinco edições consecutivas dos Jogos, no pódio. Em Atenas, Francis Obikwelu conquistou a primeira e única medalha olímpica de Portugal numa modalidade de atletismo de velocidade – nos cem metros – e Rui Silva manteve a inteligente cultura antiga portuguesa na meia distância, com o bronze nos 1. 500 metros. Sérgio Paulinho surpreendeu a todos ao conquistar a prata no ciclismo. Pequim 2008 trouxe a Portugal a quarta medalha de ouro da nossa história, com Nelson Évora, atual campeão mundial (2007) e a juntar o nome olímpico ao nome mundial. Vanessa Fernandes demonstrou o seu prestígio como uma das triatletas mais produtivas da história e ficou com a prata, que acabou por ser o seu último grande momento. Os Jogos Londres 2012 não tiveram a sorte das edições anteriores, mas mais uma vez trouxeram uma medalha, desta vez de prata e. . . na canoagem, que também estreou no quadro de medalhas. Numa edição em que participaram 77 atletas representando treze modalidades, Emanuel Silva e Fernando Pimenta conquistaram a prata na final de K2 cem metros, marcando o início de uma era de ouro da canoagem portuguesa.
Quatro anos depois, aconteceu a primeira edição dos Jogos Olímpicos na América Latina, e o Rio de Janeiro acolheu a elite esportiva mundial. Estiveram na Cidade Maravilhosa 92 atletas portugueses, representando 16 modalidades desportivas, e as expectativas eram altas. Mas uma vez, Portugal terminou o festival com apenas uma medalha, o momento da sua história no judo, com a medalha de bronze de Telma Monteiro na categoria de -57 kg.
Tóquio colocou a fasquia muito altaDepois de 4 edições em que Portugal conseguiu subir ao pódio, os “estranhos” Jogos Olímpicos de Tóquio, por terem sido posicionados num ano ímpar, devido à Covid-19, e sem público nas bancadas, deram ao nosso país o resultado mais produtivo da sua história, tanto em medalhas como em pontos. O atletismo, que “possui” mais de um terço das nossas medalhas, voltou a ser o grande contribuinte, com o ouro de Pedro Pichardo e a prata de Patrícia Mamona, respetivamente. recebido no campo técnico do salto triplo. Houve também sorte na canoagem, com o regresso ao pódio de Fernando Pimenta, agora na ocasião individual (depois de ter conquistado a prata em Londres com Emanuel Silva), e também de Jorge Fonseca. , que deu ao judo nacional a 3ª medalha da sua história, depois de Nuno. Delgado e Telma Monteiro.