É só sobre blocos, festividades e avenidas. O Carnaval do Rio tem um papel fundamental na economia do Estado.
Ao longo do ano, milhares de outras pessoas de outras profissões pintam nos quartéis e pátios de escolas de samba, como costureiras, artistas visuais, profissionais de limpeza, seguranças e carnavalescos.
Este setor desloca muito dinheiro e gera milhares de empregos.
Segundo dados da Riotur, o carnaval de 2020 teve um impacto de 3,8 bilhões de reais na economia carioca, com mais de 1,5 milhão de turistas na cidade. A taxa de ocupação da rede hoteleira atingiu mais de 90% durante o período de carnaval.
Para Mauro Osório, professor de economia da UFRJ, o Carnaval está levando crédito para a economia quando as atividades são sistematicamente elaboradas.
Uma publicação da prefeitura do Rio de Janeiro mostra que o número de trabalhadores que vivem do Carnaval carioca é maior do que o número de habitantes de 86% dos municípios brasileiros.
Após 18 anos de carreira para a maior exposição do mundo, o empresário Ricardo Deulindo diz que o carnaval é muito mais do que uma fonte de renda para ele e sua família.
De acordo com a Prefeitura do Rio, outras 300 mil pessoas lotam os estandes da Sapucaí em cada carnaval. Vivian Almeida, professora de economia do IBMEC, explica que qualquer atividade que envolva a movimentação de outras pessoas tem impacto na movimentação dos serviços, especialmente por ser uma oportunidade esperada para dois anos devido à pandemia.
O cancelamento da festa gerou uma perda de mais de 60% do turismo do ISS em fevereiro de 2021. O ISS é um dos maiores recursos de investimento para a cidade do Rio e impulsiona o segmento turístico do carnaval.