Para celebrar a Semana da Cultura do Nordeste, que começa no domingo, 2 de agosto, em homenagem ao músico Luiz Gonzaga, que morreu no mesmo dia, em 1989, o Itaú-Cultural relembra as exposições de séries profissionais, realizadas na instituição, pessoalmente, os artistas do nordeste, como Alceu Valenca, Elomar, Nelson Rodrigues e Chico Science. Também publica textos celebrando os espaços de Clarice Lispector, pernambucana com centro e alma; apresenta a fotógrafa e artista visual recifense Bruna Valenca na seção Um Certo Alguém; e abre uma nova série de artigos através do jornalista Cassiano Viana sobre fotografia, começando com Go Viana, do Maranhão.
Programação
A ucraniana Clarice Lispector, naturalizada brasileira e que se declarava pernambucana, aparece duas vezes na programação, em textos assinados pelo jornalista André Bernardo. No primeiro, que vai ao ar no próprio dia 2, o público conhece a Clarice pintora, autora de 22 quadros, por meio de relatos de especialistas e de sua amiga e escritora Nélida Piñon, dona de duas de suas obras. A primeira pintura de Clarice é de 1960, mas seu interesse por telas, óleos e pincéis surgiu quando ainda morava na Europa e era casada com o diplomata Maury Gurgel Valente, momento em que começou a conhecer artistas visuais, frequentar ateliês, comprar catálogos e visitar exposições.
Certa vez, em uma conferência na Universidade do Texas (EUA), Clarice chegou a dizer que ficou desiludida com a escrita: “Escrever não me trouxe o que eu queria, que é a paz”, diz ele. “O que me relaxa, curiosamente, é a pintura. É relaxante e ao mesmo tempo emocionante tocar cores e formas sem comprometer nada. É a coisa mais pura que posso fazer.
No momento do texto, que mistério Clarice tem? Disponível no Itaú-Cultural a partir desta quarta-feira, 5, ele fala sobre a capacidade de suas pinturas literárias de motivar e criar produtos culturais em outras linguagens, como peças, filmes, músicas, intrigas carnavalescas, entre outras. Para ilustrar, Bernardo cita alguns deles: Fauzi Arapi está perto do coração selvagem, que, sem saber, abriu o segmento “transposições cênicas das pinturas de Clarice Lispector”; e A Estrela Nua, filme do cineasta José Antinio Garcia.
No dia anterior, terça-feira, 4, o tema é a série de Ocupações que o estabelecimento já realizou em homenagem aos artistas do Nordeste. Em ordem descendente vem Alceu Valenca, cuja exposição foi inaugurada em dezembro do ano passado; Em outubro de 2018; Nise da Silveira, novembro de 2017; Elomar, realizada em julho de 2015; Em julho de 2014, Alosio Magalhães; Antonio Nubrega, exposição realizada em abril de 2013; Nelson Rodrigues, em julho de 2012; Chico Science, fevereiro de 2010; e Abraham Palatinik em dezembro de 2009. A série ocupa 49 exposições e foi criada para incentivar a discussão da nova geração de artistas com os criadores que os influenciaram, além de integrar uma das políticas permanentes do Itaú, a preservação da memória artística.
Após a coluna Um Certo Alguém, que será publicada semanalmente no site da organização, o próximo é a fotógrafa e artista visual recifense Bruna Valenca no dia 6, quinta-feira. Como de costume, o convidado responde a 4 perguntas dinâmicas que colocam o passado, o futuro e o futuro. Ela fala sobre o que sente falta ao máximo, como ela imagina amanhã, o que ela precisa ao máximo agora, preenche sua mente e desejos.
Para encerrar os movimentos da Semana da Cultura do Nordeste, na sexta-feira, 7, será exibido o primeiro texto da série Rumos da Fotografia no Brasil, organizado pelo jornalista Cassiano Viana, editor-chefe do blog Sobre Luz e Olhares sobre Covid19. O conceito é fornecer novos nomes e caminhos para a produção fotográfica brasileira, do norte ao sul do país, começando pelo Maranhão Go Viana.
Em busca de uma expressão artística não linear, ela usa a fotografia para criar fotomontagens, fotos perfurações e relatórios de intervenção urbana e rural. Descendente de indígenas, nascidos no interior do estado do Maranhão, negros e residentes nos arredores de São Luus. Nesse contexto, a fotógrafa vê suas pinturas como uma forma de empoderamento e resistência de segmentos sociais marginalizados e invisíveis: indígenas, negros, mulheres, gays e lésbicas.
UM SERVIÇO:
Semana da Cultura do Nordeste
Agosto:
Dia 2: Cem anos de Clarice Lispector: “Quem sabe, eu escrevo porque não posso pintar?”
Dia 4: profissões
Dia 5: O que Clarice tem?
Dia 6: Uma Certa Pessoa, com Bruna Valenca
Dia 7: instruções fotográficas no Brasil, com Go Viana
Disponível em www.itaucultural.org.br
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