Estudo: 4 em cada dez jogadores online em Portugal utilizam plataformas ilegais

Em comunicado enviado à Lusa, a APAJO indica que o estudo que realiza todos os anos sobre o comportamento do jogo online em Portugal mostra que 41% dos jogadores usam plataformas de jogo ilegal, embora 90% digam saber que é obrigatória uma licença para operar em Portugal. A Associação lembra que 4 operadores ilegais estão entre as 15 principais plataformas nacionais de jogos de azar online.

O estudo, que analisou um padrão de mil pessoas, mostra que a percentagem de players que utilizam exclusivamente plataformas autorizadas ultrapassa os 60%, valor alcançado no inquérito de 2022, depois de ter caído abaixo dos 50% nos primeiros anos.

“A situação é ainda mais grave se tivermos em conta as equipas de 18-24 e 25-34 anos onde o recurso exclusivo de operadores legais não ultrapassa os 52,1%”, refere a associação.

Para Ricardo Domingues, presidente da APAJO, “os operadores autorizados, o legislador e o regulador devem aspirar a uma maior preponderância do jogo online exclusivamente legal, nunca diria menos de 80% dos utilizadores”.

O diretor acredita que é possível atingir esse objetivo “em um tempo relativamente curto, com as medidas adequadas para combater os imigrantes ilegais e a evolução dos produtos autorizados”.

A Associação diz que o método do estudo identifica quem joga com operadores licenciados ou ilegais e pede separadamente aos jogadores que afirmem se estão apostando em plataformas não autorizadas.

“Essa técnica nos permite avaliar até que ponto os jogadores conhecem o prestígio dos sites e programas que usam. Dos que jogam em plataformas ilegais, apenas 37,7% afirmam fazê-lo. A maioria, os 62,3% restantes, dizem se jogam ou não com operadores ilegais ou não sabemos se o fazem”, descreve a APAJO.

Ricardo Domingues alerta para os perigos enfrentados pelos utilizadores de plataformas ilegais.

“Neste momento, os operadores ilegais costumam ser projetos de difícil compreensão que aparentemente procuram explorar a facilidade com que podem ter sucesso perante o público português, contornando todas as regulamentações de cobertura de clientes e pagando impostos. , desde os seus balanços até aos seus impostos, o seu conhecimento pessoal e monetário e que levam a um hábito predatório para públicos vulneráveis”, sublinha.

O dirigente da APAJO diz que seria decisivo salvar a promoção destes operadores nas redes sociais e através de “influenciadores” e artigos patrocinados nos meios de comunicação portugueses e também facilitar a disponibilização de meios de pagamento como Multibanco e MBWay.

O estudo afirma que as principais razões pelas quais eles preferem plataformas não licenciadas, de acordo com seus usuários, são bônus mais altos, probabilidades mais altas, maior escolha de jogos e outros produtos.

Ricardo Domingues acredita que, se a lei permitir a evolução, mais players se voltarão para o mercado regulado. “Os produtos e funcionalidades conhecidos pelos players portugueses participantes no estudo estão disponíveis há algum tempo noutros mercados regulamentados europeus”, sublinha.

No inquérito da APAJO, 71,5% dos inquiridos afirmam gastar até 50 euros por mês, sendo que a maioria gasta menos de 25 euros. No caso dos jogadores que jogam exclusivamente com jogadores homologados, a percentagem de jogadores que gastam até 50 euros sobe para 77,6%.

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