Criminosos de países da América Latina, Espanha e Portugal aproveitaram a pandemia Covid-19 para dedicar golpes a informações falsas. Embora a prática seja antiga, esse tipo de fraude se expandiu desde janeiro, devido ao acúmulo de vulnerabilidade social. De março a julho deste ano, pelo menos 65 verificações de fraude foram registradas rejeitadas por meio de plataformas de verificação de fatos, de acordo com o banco de dados CoronaVerificado, que coleta conteúdo produzido através de 34 sites latino-americanos.
O golpe máximo usado para enganar golpistas é o phishing, um tipo de “pesca” para emprestar dados confidenciais do usuário, como pontos principais do banco e senhas de mídia social. Mensagens criadas através de criminosos aderem a uma abordagem operacional semelhante em outros países ao redor do mundo. Em geral, eles buscam atrair outros que estão enfrentando problemas monetários, fornecendo-lhes produtos ou produtos.
Quando um usuário vê uma postagem de mídia social ou canal de WhatsApp com um anúncio de promoção para uma empresa, por exemplo, ele precisará deixar um comentário ou porcentagem do texto para ganhar o “solto”. O valor pode variar de um smartphone a uma assinatura frouxa para serviços de streaming. A vítima então recebe um link para uma página falsa para inserir dados não públicos. Quando você entra, você cai em uma armadilha. Também é imaginável que os criminosos enganam o usuário para, sem saber, baixar um vírus pc
Para ganhar visibilidade, os criminosos inspiram aqueles que sofrem como porcentagem do golpe. No WhatsApp, as mensagens às vezes implicam que a condição para acessar esses benefícios é transmitir o link para um número expresso de outras pessoas ou grupos. No Facebook, não é incomum que criminosos peçam às vítimas que escrevam algo no domínio de feedback da mensagem para ter acesso ao benefício. Isso é usado para aumentar a visibilidade da mensagem. As pessoas que comentam essas postagens são regularmente contatadas através de perfis automatizados, que primeiro solicitam que essa mensagem seja percebida, o que também está ajudando a espalhar o golpe. Eles então transmitem o link no qual a vítima fornece voluntariamente seus dados.
No Brasil, uma das primeiras engenhocas a serem atendidas pela pandemia como fundo foi um falso registro de auxílio emergencial do governo federal. Em março, antes mesmo de o Senado aprovar US$ 600 em assistência monetária para trabalhadores informais, uma mensagem circulou no WhatsApp pedindo que outros clicassem em um link para se inscrever e fazer benefícios mais tarde. Até então, o Ministério da Cidadania ainda não havia informado os canais oficiais de registro.
Uma pesquisa realizada pela empresa de software de segurança Kaspersky mostrou que em março houve um aumento de 124% nesse tipo de golpe no Brasil, uma expansão diretamente semelhante à falsa ajuda.
Golpes semelhantes têm feito a impressão em vários países. No Equador e na Espanha, circularam relatos de que o governo está doando um cupom de US$ 877. A ajuda iria para todos os residentes, “sem distinção”. Na Colômbia, dados semelhantes também foram divulgados pelo WhatsApp, segundo o qual a fórmula para identificar potenciais beneficiários de programas sociais (Sisbén) ofereceria um bônus de 160.000 pesos colombianos (cerca de R$ 236) como ajuda humanitária. Para atrair cliques, o post usou uma solução semelhante à da agência, posando como um canal oficial.
Doações falsas de cestas básicas ou auxílios alimentares circularam amplamente: pelo menos 26% dos cheques eram semelhantes ao problema. No Brasil, utilizaram o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), ligado ao Ministério da Cidadania, para anunciar a doação de 492 mil cestas de alimentos-chave. A mensagem pedia ao usuário que clicasse em um link e preenchesse um formulário, hospedado em um endereço, semelhante a qualquer instituição pública brasileira.
Outro golpe compartilhado no Brasil para atrair famílias para vulnerabilidade social uma mensagem no WhatsApp que prometia um “auxílio combustível” de R$70 a R$210. O canal tentou enganar o usuário para clicar em um endereço, alegando que era o site oficial. para se inscrever no programa. No entanto, o domínio do site “auxilio-fuel.com” não pertencia ao governo federal e foi registrado anonimamente nos Estados Unidos. No Facebook, outro golpe prometia um vale combustível no valor de R$30, que seria doado através da empresa Liquigs. É errado, também.
As mensagens seguem um método operacional similar em diferentes países do mundo, e não se limitam à América Latina. Conteúdos similares, usando marcas globais, circularam nos mais diferentes mercados. Aproveitando-se do isolamento social, golpistas divulgaram que a empresa de serviços streaming Netflix estava oferecendo acesso gratuito durante a pandemia. Ao clicar no link, o usuário, além de preencher um cadastro com informações pessoais, era obrigado a compartilhar a mensagem com mais 10 pessoas para ganhar o acesso. México, Brasil, Índia, Paraguai e Espanha foram alguns dos países por onde a “promoção” circulou.
Outro golpe “importado” pelo Brasil de países como Índia e Nigéria é a doação de smartphones para acadêmicos que não têm acesso a cursos remotos da pandemia por não terem celular para estudar. Os criminosos usam marcas conhecidas, como Samsung e Xiaomi, para obter dados de usuários emprestados. Ambas as corporações negaram ter feito uma promoção semelhante.
Os nomes de várias multinacionais também têm sido usados em golpes, adicionando Nike, McDonald’s, WalMart e Unilever. Até a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) foram retiradas por criminosos.
Em outros casos, golpes similares foram aplicados em diferentes países, mas adaptados às realidades locais. No Brasil, uma mensagem falsamente atribuída à Petrobras oferecia combustível gratuito para trabalhadores essenciais. O usuário, ao clicar no link, era direcionado para um site malicioso, onde era girada uma espécie de roleta que revelava um prêmio. Para conseguir o resgate, a pessoa precisava preencher um formulário com dados como nome completo, data de nascimento e número do celular. O mesmo golpe também circulou na Argentina, na Colômbia e em Portugal, mas com o nome de empresas que atuam no mercado local.
No Brasil, a Polícia Federal emitiu um alerta devido ao acúmulo de golpes na pandemia Covid-19 em abril. A recomendação da agência diz que, se você tiver dúvidas, você não merece clicar no link ou inserir dados não públicos, mas deve procurar os canais oficiais das corporações para determinar as informações.
Esta coluna escrita através da Ag.ncia Lupa de bancos de dados públicos controlados através do CoronaVerified e LatamChequea Coronavirus, que são apoiados pela Iniciativa Google News, e coronaVirusFacts Alliance, que combina organizações de auditoria de todo o mundo. A produção das análises conta com o apoio do Instituto Serrapilheira e da Unesco. Veja mais verificações e conheça parceiros em coronaverificado.news
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