DI cai acentuadamente após números de inflação nos EUA

Por Fabrício de Castro

SÃO PAULO (Reuters) – As taxas de DI fecharam em forte queda nesta quarta-feira no Brasil, especialmente entre os contratos de janeiro de 2027, com a curva a termo do Brasil após uma queda acentuada nos rendimentos do Tesouro após a divulgação de dados favoráveis de inflação dos EUA.

No final da tarde, a taxa de câmbio do DI (Depósito Interbancário) referente a julho de 2025, uma das mais líquidas no curtíssimo prazo, ficou em 13,97%, ante reajuste de 13,99% da sessão anterior. O contrato de janeiro de 2026 A taxa está em 14,81%, nove questões básicas a menos que o reajuste de 14,901%.

Entre os contratos mais longos, a taxa de janeiro de 2031 foi de 14,71%, 34 emissões inferior aos 15,051% do reajuste anterior, e o contrato de janeiro de 2033 teve taxa de 14,57% ante 14,901%.

No início da sessão, as taxas DI oscilavam quase estáveis ​​ou em baixa, enquanto os investidores aguardavam o principal momento do dia: a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) dos EUA.

Quando a informação foi divulgada às 10h30, as taxas de ID caíram, juntamente com a queda acentuada nos rendimentos do Tesouro, em meio a evidências de que a trilha da inflação poderia permitir uma queda mais profunda nas taxas de ID. Interesse dos EUA este ano.

Os números mostram que o IPC subiu 0,4% em dezembro, após subir 0,3% em novembro. Nos 12 meses até dezembro, a inflação ficou em 2,9%, após registrar 2,7% em novembro.

Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o índice subiu 0,2% em dezembro, após um aumento de 0,3% no mês passado. O chamado núcleo do IPC subiu 0,3% por 4 meses consecutivos. Nos 12 meses até dezembro, o núcleo do IPC subiu 3,2%, após um aumento de 3,3% em novembro.

“Combinado com o PPI (Índice de Preços ao Produtor) (terça-feira), também mais benigno do que o esperado, o número (CPI) fornece encorajamento aos mercados, que ainda descartaram um novo corte na taxa de juros por meio do Federal Reserve em janeiro, mas estão divididos. em comparação com a trajetória das taxas de juros até 2025”, avaliou Paula Zogbi, diretora de pesquisa da Nomad, em comentário enviado aos clientes.

No Brasil, às 11h03, após o IPC, a taxa DI de janeiro de 2027 marcava um mínimo de 14,97%, 23 pontos-base a menos que o reajuste do dia anterior.

“Somado ao PPI de ontem, há uma perspectiva de melhora de curto prazo na inflação (dos EUA). Será sustentável? Dependerá das políticas que (o presidente eleito Donald) Trump adotar e de seus efeitos ao longo do tempo. Mas, por ora, alivia a pressão em cima do Fed”, disse Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos.

A forte pressão de baixa para as taxas dos DIs, trazida pelo CPI, deixou em segundo plano a divulgação dos dados econômicos no Brasil nesta quarta-feira, ainda que eles também tenham sido favoráveis sob o ponto de vista do controle da inflação.

Pela manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o volume de produtos caiu 0,9% em novembro em relação ao mês passado, resultado pior do que as expectativas em pesquisa da Reuters, queda de 0,3%. Esta é a contração mais intensa até agora neste ano, que registrou apenas 4 taxas negativas, e a mais poderosa em novembro desde 2015.

“O conhecimento do PMS (Pesquisa Mensal de Serviços) é carregado na publicidade e na produção publicitária e demonstra a perda de ímpeto da atividade no final do ano passado, mesmo antes da forte deterioração das condições monetárias”, disse Borsoi.

À tarde, o Tesouro anunciou que o governo central registrou déficit de 4,515 milhões de reais em novembro, ante saldo negativo de 38,071 milhões de reais no mesmo mês de 2023. O resultado, que reflete o Tesouro, as Centrais de Contas Bancárias e A Previdência Social, maior do que o esperado pelo mercado, segundo pesquisa da Reuters, que apontou déficit de 6,6 bilhões de reais para o mês.

Embora o IPC tenha sido a maior influência na curva naquele dia, algumas máximas estendidas marcaram mínimas após os números do Tesouro e a coletiva de imprensa sobre os números, em Brasília. Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, as contas do governo central em 2024 ficaram dentro da faixa de tolerância da meta fiscal, perto da metade da meta.

O principal objetivo de resultados para 2024 é um déficit de 0, com tolerância de 0,25 emissões do Produto Interno Bruto (PIB), o que corresponde a cerca de 29 bilhões de reais.

Perto do fechamento desta quarta-feira, a curva apresenta probabilidade de 88% de que um ponto base de cem se acumule na Selic no final do mês, ante uma probabilidade de 12% de que um ponto base de 125 se acumule. dia anterior, os percentuais constantes eram os mesmos. Atualmente, a Selic está em 12,25% consistente com o ano.

No exterior, às 16h3 (horário de Brasília), o rendimento dos títulos do Tesouro de dois anos, que reflete as apostas na direção das taxas de juros de curto prazo, havia caído nove emissões centrais, para 4,27%. O rendimento do título de 10 anos, referência global para decisões de investimento, caiu treze emissões principais, para 4,657%.

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