Ao estender a programação do filme em seu site, o Itaú-Cultural disponibilizará o Brasil Cinema Agora online a partir deste sábado, 18 de julho. Com 4 filmes premiados em festivais nacionais e estrangeiros, Francesca Azzi decidiu histórias que simbolizam a contemporaneidade brasileira, em seus aspectos socioculturais, para conhecer o país de hoje. Os filmes ‘Azougue Nazaré’, ‘Inferninho’ e ‘Chuva e Cantoria na Aldeia dos Mortos’ vão ao ar até 1º de agosto em www.itaucultural.org.br.
O filme “Azougue Nazaré” revela humor e apresenta acontecimentos fantásticos em uma pequena cidade perdida entre o Carnaval do Maracatu e a religião evangélica. Em meio aos canaviais, um grupo de pessoas vive suas vidas, suas tensões, seus desafios, seus sonhos e também rituais fantásticos à espera da chegada dos dias de festa. Enquanto isso, Catita esconde de sua esposa que participa do Maracatu, pois sua companheira é fiel da igreja do Pastor Barachinha, um antigo mestre de maracatu, convertido à religião evangélica, e que se vê na missão de evangelizar todas as pessoas da cidade. Dirigido pelo cineasta Tiago Melo, o longa-metragem pernambucano foi premiado, em 2018, no International Film Festival Rotterdam, na Holanda, e no Cinélatino – 30º Rencontres de Toulouse, na França.
Filmado no Cear através dos administradores Guto Parente e Pedro Diungenes, “Inferninho” tornou-se um tipo de ícone do cinema original e transgênero, e ao mesmo tempo, completo com referências cinematográficas que inserem o espectador em uma atmosfera rara e cativante. Dono do Bar Inferninho, um tipo de cabaré para os excluídos, Deusimar precisa deixar tudo e sair para um lugar remoto. Por outro lado, Jarbas, o marinheiro que acabou de chegar, sonha em ancorar na cidade e criar raízes. O amor que se desenvolve entre os dois transforma absolutamente o cotidiano do bar, que combina sonhos e fantasias entre seus frequentadores. “Inferninho” ganhou o prêmio de filme mais produtivo através do Festival Internacional de Cinema Queer, em Lisboa.
Dirigido por Joo Salaviza e Renée Nader Messora, “Chuva e Cantoria na Aldeia dos Mortos” oferece voz sensível aos demais povos indígenas da aldeia de Pedra Branca, terra indígena de Kraha, no Tocantins. Na história, Ihjac, um jovem assustado com o destino de seu shaguy e triste com a morte de seu pai, recusa um shaguy e foge para a cidade grande. Longe de seus outros amigos e da cultura, ele enfrenta as dificuldades de ser um local neste novo Brasil.
Exibido em mais de 30 festivais estrangeiros, somando Cannes, ganhou o prêmio de ficção no Festival de Cinema de Lima em Per