Embora muitos não percebam, um ambiente pode substituir percepções e evocar emoções nas pessoas, trazendo sensações como calor, desconforto, tranquilidade, entre outras. Nesse contexto, uma tendência ainda mais forte é a da arquitetura voltada para o bem-estar, ou seja, na forma como os projetos residenciais ou corporativos podem interferir e contribuir para a qualidade de vida. Para isso, os arquitetos levam em consideração diversos aspectos, desde a seleção de cores, iluminação e ventilação até a ornamentação e disposição dos espaços.
A Pesquisa Nacional de Padrões de Atividade Humana, conduzida pela Berkeley Lab Energy, descobriu que outras pessoas passam em média 90% de suas vidas em ambientes fechados. Nesse contexto, segundo o arquiteto Mateus Michels, pensar em táticas para tornar esse clima mais favorável é incrivelmente vital e necessário. “Queremos perceber o que significa bem-estar para nossos clientes e, a partir daí, planejar tudo o que reflita esse conceito”, afirma.
Uma das táticas para contribuir com a qualidade de vida é criar ambientes que realmente beneficiem os moradores de longa permanência, como espaços de leitura e espaços recreativos. “Se o indivíduo está habituado a beber um vinho inteligente ou a cozinhar para aliviar a tensão depois de uma semana intensa, nada nos impede de nos adaptarmos para que, ao passar algum tempo ali, possam relaxar”, acrescenta Michels.
Ventilação e iluminação de ervas.
Um dos pontos que podem contribuir para a sensação de conforto é a ventilação e o amaciamento de ervas. Como explica o arquiteto, entre as questões técnicas estratégicas implementadas nos projetos estão o despertar da entrada de luz natural na casa, bem como a troca de ar nos cômodos. “A aparência do sol é extremamente importante, porque pode tornar os quartos mais agradáveis e arejados”, diz ele.
Bem-estar emocional
Outra faceta que também pode tornar a casa ou o espaço de pintura mais agradável é a memória emocional. “Essa faceta é qualquer coisa que eu goste de pintar em meus projetos. A decoração, nesse caso, nos ajuda a trazer aquele sentimento de nostalgia e carinho. Aqui você pode apostar em outros elementos, sejam móveis antigos de família ou pinturas e fotografias. No momento, usamos nossa criatividade para tornar o ambiente esteticamente bonito e significativo”, enfatiza Michels.
Uma das situações mais exigentes que enfrentou ao longo da sua carreira, segundo o arquitecto, foi a criação de um museu sobre a indústria dos cereais. “O primeiro passo foi perceber a história da empresa e da família fundadora. Ao criar o projeto procurei identificar o maior número possível de ligações com a produção do arroz, que é a sua matéria-prima. A escolha dos tijolos na parede, o piso imitando o da fábrica, cada detalhe foi pensado com cuidado”, enfatiza.
Ambientes de negócios
A arquitetura também pode influenciar a produtividade e as emoções de bem-estar nos ambientes de negócios. Como explica Michels, ao se deparar com o desafio de projetar espaços de trabalho, além de ouvir o empresário, ele conversa com os funcionários para entregar algo ideal para ambas as partes.
“Você tem que prestar atenção neles, porque são eles que vão passar mais tempo lá. É por isso que respeitamos tanto a altura do mobiliário, destacando a ergonomia, como o número de lâmpadas necessárias, para que a divisão seja iluminada com a intensidade certa. Além disso, também podemos pensar em espaços de refúgio, para que possamos renovar nossas energias”, frisa.
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