Com a possibilidade de investimentos de até R$ 2 milhões para fomentar o empreendedorismo indígena, as inscrições para a Chamada Elos da Amazônia 2024 – Edição Empreendedorismo Científico Indígena seguem abertas até o dia 24 de janeiro.
Um dos diferenciais do Edital é que ele disponibiliza recursos para projetos que estão em fase de formalização e desejam apresentar CNPJ nesse nível de registro.
Uma iniciativa do Idesam, INDT e EMBRAPII, o edital vai apoiar empreendedores que desenvolvam tecnologias inovadoras a partir da biodiversidade amazônica.
O diretor de Inovação em Bioeconomia do Idesam, Carlos Koury, explica que as startups podem estar em outras etapas de formação, acrescentando a fase de estudos, que já demonstraram capacidade de atender às demandas do mercado.
Em caso de aprovação para a etapa seguinte, as propostas poderão finalizar o processo de formalização para garantir o investimento. Segundo Koury, há um potencial enorme na academia que pode ser fomentado e este é um dos focos de atenção do edital.
‘’Nos últimos dez anos, houve aumento na participação de pessoas indígenas em programas de pós-graduação de quase 400%. Esse caminho do conhecimento que tem sido escolhido traz uma oportunidade de empreender a partir dessa formação acadêmica. Nosso edital vem no sentido de dar apoio nesse cenário’’, ressalta Koury.
Após o processo de seleção que vai analisar se as propostas atendem aos requisitos do edital, cada startup selecionada receberá R$ 1 milhão, sendo R$ 500 mil via Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio) para aceleração do negócio e R$ 500 mil para desenvolvimento de um projeto de tecnologia que será executado pelo Instituto de Desenvolvimento Tecnológico (INDT).
Além de executor, o INDT vai apoiar na validação da linha de pesquisa e desenvolvimento do projeto tecnológico, podendo ser acrescido por meio de recursos da Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII), caso o projeto também se enquadre nas exigências do mesmo.
Entre os espaços que terão de ser apoiados através do parecer estão projetos no setor alimentar ou cosmético, processos ou dispositivos para produtos da bioeconomia, ou mesmo na progressão de tecidos destinados a serem implementados noutros mercados, que vão da moda à construção civil.
Koury lembra que o importante é que os negócios demonstrem uma inovação tecnológica que possa ser colocada no mercado com chance de sucesso.
‘’Pesquisadores que tenham tecnologias inovadoras e disruptivas desenvolvidas a partir do seu conhecimento, e que naturalmente trazem também na sua bagagem histórica de conhecimento ancestral, eles estão sendo incentivados a participar da chamada, para que esses empreendedores indígenas possam mostrar sua capacidade de inovação e liderança na agenda de desenvolvimento sustentável’’, completa Koury.
Segundo os idealizadores da Chamada, projetos como esse são básicos para vender o empreendedorismo indígena, transformando a sabedoria clássica e educacional em soluções de mercado.
“Acreditamos que uma tecnologia pode surgir de qualquer lugar: de experiências empíricas, saberes tradicionais ou pesquisas laboratoriais. O importante é prepará-la para o mercado e gerar renda para as comunidades indígenas”, reforça Geraldo Feitoza, Diretor Executivo do INDT.
Todos os dados sobre a realização e os próximos passos serão publicados no site: https://www. elosdaamazonia. org. br.
A decisão é fruto do Idesam, do programa anterior de bioeconomia, do cronograma da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e do INDT. A chamada também conta com dinheiro da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). A chamada conta com a divulgação do InPactas, Rede Amazônica e Parceiros Pela Amazônia (PPA).
*Com informações da assessoria
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