A Prefeitura do Rio realiza operações em terrenos do parque que foram colocados à venda no site.

Nesta quarta-feira (29), a Secretaria Municipal do Meio Ambiente do Rio de Janeiro destruiu cercas e um portão que isola o terreno a ser construído no Parque Natural Municipal de Grumari, na zona oeste do Rio. O terreno havia sido colocado à venda no valor de R$130 mil. O anúncio está agora offline.

A operação apresentada quarta-feira reuniu 20 policiais militares, a Guarda Municipal, a Patrulha Ambiental e a Comlurb. Não há ninguém no local, que agora será inspecionado diariamente através da patrulha ambiental.

O corredor da cidade anunciou que rejeitaria mudas de espécies de mata atlântica.

“Retiramos o portão e as cercas, colocamos uma placa nossa. Vamos fazer o replantio no local. Na praia retiramos algumas estacas que delimitavam vagas “particulares”. Retiramos também um carro abandonado que tinha sido queimado e estava em uma rua”, disse Bernardo Egas, Secretário Municipal de Meio Ambiente, que liderou a operação conjunta de hoje.

Histórico

O aterramento começou no dia 3 de abril, quando uma autorização assinada por José Fernando de Souza Mota Junior, titular da Diretoria de Parques e Jardins de Árvores (FPJ), permitiu a derrubada de treze árvores da mata atlântica local no lote, que fica na Estrada do Grumari número 18, sem medida compensatória. Os dados foram publicados pelo jornal “O Globo”. Na época, o FPJ justificou a autorização da chamada “doença” dos vegetais, que não é comprovada.

No dia 16 do mesmo mês, o Instituto Nacional do Meio Ambiente (Inea) avaliou a gerente do local, Angela Silva dos Santos, que não estava presente, por danos diretos à Unidade de Conservação. No local, foram descobertas as seguintes espécies locais da mata atlântica, cárpeta, gon-alo-alves, jacarandá-mimoso, pau-d’alho e pau-jacaré. O Ministério do Meio Ambiente realizou uma inspeção e detectou a irregularidade do ato da FPJ. Além de ser interno do parque, o terreno é um componente da Área de Proteção Ambiental grumari (APA) e no entorno do Parque Nacional da Pedra Branca.

 

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