Eduardo Gomes, autor do projeto, juntamente com os membros da rede (Foto: Divulgação)
O isolamento social é um dos aspectos mais marcantes da pandemia. E com quarentena prolongada, há um desequilíbrio entre a demanda por reciclagem de resíduos e a demanda por resíduos.
Quanto maior o tempo de permanência em casa, maior é a produção de lixo. De acordo com estimativa da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), durante as medidas de isolamento houve um aumento de 15% a 25% na quantidade lixo residencial gerado.
Apesar disso, medidas para reduzir a propagação do vírus têm diminuído os esforços de coleta e separação do lixo. Como resultado, o aparelho não tem sucesso nas cooperativas e é importante aliviar a fonte de renda para quem tem a atividade.
No entanto, um subsídio social deu impulso às famílias engajadas na reciclagem. Crescao é uma organização sem fins lucrativos e trabalha com base na economia circular. As comunidades estão funcionando na estrutura dos distribuidores de álcool gel e a venda do equipamento é devolvida aos produtores.
A iniciativa foi idealizado por meio de Eduardo Gomes, 44, engenheiro químico e CEO da RCRambiental, empresa especializada em logística oposta. Após participar de uma ação para doar uma caixa d’água para a rede Olaria em Caieiras, cidade em que mora, analisou a cena dos moradores. “Eles vivem em condições vulneráveis, alguns deles nem sequer têm acesso à água”, diz ele. Crises de fitness e namoro com a disseminação do vírus também aumentaram a motivação para ajudar.
Depois de receber o símbolo de um distribuidor de álcool gel que pode ser usado com seus pés, Gomes pediu à equipe de operações da RCRambiental para expandir um protótipo feito de materiais recicláveis baratos. Ao mesmo tempo, teve contato com um membro da associação #ReciclaCaieiras, que o ajudou a implementar a tarefa através do fornecimento de dispositivos para fabricação dos dispositivos e da participação das comunidades.
Treinamento para famílias
CrieA-ao vai além do conceito do produto. A tarefa também visa proporcionar educação para que as comunidades produzam provedores de forma eficiente. Segundo Eduardo Gomes, o procedimento de aprendizagem tem duração aproximada de 3 horas e conta com o apoio da Cooperativa de Agentes Ambientais da Taboo da Serra (COOPERZAGATI) e dos professores da escola municipal de construção civil, que fornecem um certificado técnico demonstrando desempenho.
Todo o procedimento do fornecedor de obras é colaborativo (Foto: Divulgação)
Os tecidos utilizados na produção dos aparelhos vêm de cooperativas e comunidades, além das doações que podem ser feitas no site da iniciativa. O diretor-presidente da RCRambiental afirma que 25 famílias de 3 comunidades, de Caieiras, Taboo da Serra e Francisco Morato, já receberam treinamento direto.
A perspectiva de geração de receita do projeto é significativa: cada 15 vendedores vendidos pagam aproximadamente um salário mínimo. A autora da iniciativa afirma que 90% dos funcionários são mulheres e chefes de família e veem o CrieAcao como uma oportunidade para gerar meios de subsistência e continuar durante a crise.
Como um componente do modo de código aberto, o mapeamento fornece o manual de reunião do dispositivo em seu próprio portal. Gomes explica que não há mais vendas de distribuidores de produtos, pois o principal objetivo da tarefa é estimular a geração de lucros no maior número possível de comunidades. Também emite que um dos benefícios é o valor competitivo do produto. Um distribuidor do CriACAo é vendido por R$ 160, enquanto os valores de mercado podem ter sucesso em RS700.
O 3S
Segundo o diretor-presidente da RCRambiental, a atribuição social é baseada no 3S: aspectos de solidariedade, sustentabilidade e aptidão. “Os humanos substituirão certos padrões de ingestão e pensamento, então nossas vidas terão que ser substituídas após a pandemia. Estamos pensando no [CrieAcao] como uma oportunidade de combinar esses 3 desejos e crescer o Brasil”, diz.
Os relatórios dos membros da rede estão sendo desenvolvidos, desde a criatividade na inovação original do produto até a descoberta de habilidades de comunicação para lidar com compradores. “O sentimento é de alegria e gratidão, pois vemos essas outras pessoas satisfeitas e com expectativas. É ótimo vê-los gerar uma fonte de renda com dignidade”, diz Gomes.
Vendas de revendedores são canceladas como fonte de renda para famílias (Foto: Divulgação)
O projeto é totalmente colaborativo. Por meio do portal, é possível atuar como doador, multiplicador ou comprador dos dispensadores. Para que o CrieAção se espalhe, a comunicação é essencial – seja conectando lojistas às comunidades ou divulgando a iniciativa a outros empreendedores. Gomes afirma que estuda parcerias com empresas e que deseja desenvolver uma espécie de marketplace para comercialização dos aparelhos.